terça-feira, 17 de fevereiro de 2009



Ação entre amigos I

Foi realizado nesse sábado (14) “O primeiro ação entre amigos”, na republica “Os Bárbaros”, o evento teve participação de quatro bandas, que mostraram seu trabalho pelo decorrer da tarde, para aproximadamente 30 pessoas que compareceram ao evento.

O evento foi organizado pela Liga Libertaria – organização anarquista que atua a 7 anos na região de Presidente Prudente. “A maioria dos objetivos estipulados para o evento foi atingido com sucesso”, afirma o organizador e militante Teodoro Marceliano de 19 anos. “Como o próprio nome diz, esse foi um evento para reunir amigos e tentar movimentar um pouco a cena underground de Presidente Prudente e Região, que infelizmente não tem nenhum apoio, e cansado de esperar por que façam alguma coisa, nós mesmos fizemos”.
O evento teve inicio ás 15 horas e foi até aproximadamente às 18 horas, com as bandas: No Future, AVKILL, Hard On Heart e Sweet Face sucessivamente mostrando um pouco do que o underground de Presidente Prudente e região têm a oferecer.

domingo, 25 de janeiro de 2009



Ativistas do Pontal protestam contra o Fórum de Davos

Atividade realizada em Presidente Prudente incluiu panfletagem e discursos de conscientização entre os participantes
Manifestantes se concentram para atividades culturais e de panfletagem


Presidente Prudente, SP – Cerca de 200 ativistas do Pontal do Paranapanema estiveram reunidos sábado, 26/01, em Presidente Prudente, no extremo oeste paulista, protestando contra a 38ª edição do Fórum Econômico Mundial que terminou domingo em Davos, na Suíça. Organizado pelo Coletivo Anarquista “Liga Libertaria”, o Dia de Ação Global (J-26) demonstrou por meio de seus participantes a insatisfação dos povos às políticas dos governos e das grandes corporações multinacionais.


Apesar do apelo à “liderança colaborativa”, registrado no 38º FEM, com vários líderes e instituições renovando suas respectivas contribuições na luta contra a pobreza, os manifestantes da Liga Libertária afirmam que os objetivos do encontro de Davos são exatamente o contrário: expandir os lucros dos mega-empresários mundiais em detrimento do planeta.


A concentração se deu em frente ao salão da RDS, próxima a APAE prudentina. Com batucadas, palavras de ordem e panfletagem junto a motoristas e pedestres que transitavam pelo local, os ativistas conseguiram dar o recado do manifesto. “Foi uma atividade simples, mas cremos que contribuímos muito, juntamente com outras 48 cidades brasileiras e outras centenas espalhadas pelo mundo, de que somos contrários à exploração, a miséria e a destruição ecológica que vem sendo feito há décadas por um pequeno grupo que controla nosso planeta”, comenta Éderson Pereira Custódio, 25, um dos organizadores do evento.


De acordo com Custódio, os panfletos e zines (publicações alternativas feitas geralmente em folha de papel A4 e que se utilizam de colagens, desenhos feitos à mão) distribuídos explicavam sobre a manifestação e seus objetivos, além de servir de chamado para que mais pessoas se engajem na luta defendida pela Liga Libertária.


Entre as palavras de ordens, havia o desejo de um mundo menos desigual, do ponto de vista socioeconômico. A crítica à política nacional também fez parte do protesto. Entre um e outro “Fora Lula”, ativistas e populares criticavam o governo e os prejuízos à nação decorrente da onda de corrupção que atinge o Brasil. “Lula pratica um governo tão neoliberal e corrupto quanto aos que o antecederam”, afirmou um motorista que apoio a iniciativa dos participantes da J-26.


As questões locais não foram esquecidas pelos participantes do Ato. Um protesto declarado contra a ausência de políticas públicas nas áreas de educação, saúde, desenvolvimento e geração de empregos no Pontal do Paranapanema foi abordado. “Iniciamos um intenso ativismo contra a expansão da monocultura da cana-de-açúcar. Faremos isso denunciando, entre outros, o alto índice de exploração de trabalhadores nos canaviais”, comenta Custódio.


“Denunciaremos também os grupos econômicos nacionais e multinacionais que destroem o meio ambiente através da degradação do meio ambiente, onde citamos o corte clandestino de arvores, drenagem de mananciais, assoreamento de rios, córregos e nascentes pela monocultura da cana, utilização de agrotóxicos prejudiciais ao meio ambiente”, conclui.
Movimento Anarquista se reorganiza no Pontal


Encontro ocorrido hoje sexta-feira, 28, trouxe de volta o debate em torno do Movimento Anarquista da região. Um grupo composto por vinte pessoas, de diferentes cidades da região, estiveram em Presidente Prudente, onde fizeram um balanço das atividades anarquistas na cidade.


Segundo o ativista CoOk, 15 anos, estudante secundarista, um dos organizadores do Movimento no Pontal, os ideais do Anarquismo tem despertado o interesse de muitos jovens, inclusive na região. “Apesar de estarmos numa região extremamente conservadora, quase que sob regime do coronelismo, com apoio de latifundiários, a juventude tem escolhido o anarquismo como uma alternativa social para o País”. CoOk aponta estudantes secundaristas, universitários e juventude trabalhadora como os mais interessados na história e na militância do Movimento.


O Anarquismo, de acordo com Blisset, 22 anos, universitário, chega de forma distorcida ao conhecimento das pessoas e, aqueles que o praticam, fazem de forma desarticulada, muitas vezes isoladas. São pelo menos três grupos atuando timidamente só em Presidente Prudente, distribuindo material e vendendo livros; manifestando contra as Guerras comandadas pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush; manifestos contra a política das corporações multinacionais que atuam na região; entre outros.


A partir de agora, pretende-se formar coletivos anarquistas em pelo menos 70% dos municípios do Pontal. Estes formariam a Liga Libertária, que atuaria diretamente nos movimentos sociais e sindicais, de lutas operarias e camponesas.


Outra frente de luta que o Movimento Anarquista propõe para o Pontal será o intenso ativismo contra a expansão da monocultura da cana-de-açucar. “Faremos isso denunciando a exploração e o alto índice de exploração de trabalhadores nos canaviais. Denunciaremos também os grupos econômicos nacionais e multinacionais que destroem o meio ambiente através da degradação do meio ambiente, onde citamos o corte clandestino de arvores, drenagem de mananciais, assoreamento de rios, córregos e nascentes pela monocultura da cana, utilização de agrotóxicos prejudiciais ao meio ambiente”, explica a ativista feminista Lilith, de 17 anos.


O Movimento Anarquista pretende difundir ainda as idéias do Sindicalismo Revolucionário ou Anarco-sindicalismo, fortalecendo sindicatos e realizando formação dos ativistas na ação direta e em trabalhos de campo nos assentamentos rurais e nos sindicatos.


“Usaremos todos os meios necessários para difusão do anarquismo, desde simples panfletos, fixação de material em murais de escolas e centros comunitários, até informativos e também a rede mundial de computadores. É preciso fazer um trabalho de libertar o homem do domínio do homem, desenvolvendo nos indivíduos sua participação direta e não delegada no meio em que vive”, diz o ativista Squat, 25 anos.


Anarquismo é uma teoria politica que pretende criar anarquia, "a ausencia do senhor, do soberano". [P-J Proudhon, What is Property, p. 264] Em outras palavras, anarquismo é uma teoria politica que almeja criar uma sociedade na qual os individuos cooperem livremente entre si como iguais. Assim, o anarquismo se opõe a todas as formas de controle hierárquico - venha ele do estado ou de capitalistas - por ser danoso tanto ao individuo quanto à sua individualidade e portanto desnecessario.
Nas palavras da anarquista L. Susan Brown:
"Embora a compreensão polular de anarquismo seja de um movimento violento anti-estado, o anarquismo é uma tradição muito mais sutil e delicada do que a simples oposição ao poder governamental. Os anarquistas se opõem à ideia de que o poder e a dominação são necessarios para a sociedade, e por isso defendem formas mais cooperativas e anti-hierárquicas de organização economica, politica e social." [The Politics of Individualism, p. 106]
Portanto, "anarquismo" e "anarquia" são sem dúvida as ideias mais deturpadas na teoria política. Geralmente, as palavras usadas para significar "caos" ou "desordem", e portanto, por implicação, anarquistas desejam o caos social e o retorno "à idade da pedra".
Este processo de falsificacao tem paralelos na historia. Por exemplo, em paises em o governo é exercido necessáriamente por uma pessoa (monarquia), as palavras "república" ou "democracia" são usadas precisamente como "anarquia", significando desordem e confusão. Aqueles que se interessam em manter o status quo obviamente se dedicam a afirmar que a oposição ao corrente sistema não poderia funcionar na prática, e que uma nova forma de sociedade resultaria no caos. Ou, como Errico Malatesta expressou:
"enquanto pensarem que o governo é necessario e que sem governo tudo seria desordem e confusao, é natural e lógico que anarquia, que significa ausencia de governo, soe como ausencia de ordem." [Anarchy, p. 12].
Anarquistas querem mudar essa ideia do "senso comum" de "anarquia", para que as pessoas vejam que o governo e outros relacionamentos sociais hierarquicos são tão nocivos quanto desnecessarios:
"Mude as opiniões, convença o público de que o governo não é apenas desnecessario, mas extremamente nocivo, e então a palavra anarquia, justamente porque significa ausencia de governo, significará para todos: ordem natural, conjunto das necessidades humanas e o interesse de todos, completa liberdade com completa solidariedade." [Ibid., pp. 12-13].


Anarquismo é uma teoria politica que pretende criar anarquia, "a ausencia do senhor, do soberano". [P-J Proudhon, What is Property, p. 264] Em outras palavras, anarquismo é uma teoria politica que almeja criar uma sociedade na qual os individuos cooperem livremente entre si como iguais. Assim, o anarquismo se opõe a todas as formas de controle hierárquico - venha ele do estado ou de capitalistas - por ser danoso tanto ao individuo quanto à sua individualidade e portanto desnecessario.
Nas palavras da anarquista L. Susan Brown:
"Embora a compreensão polular de anarquismo seja de um movimento violento anti-estado, o anarquismo é uma tradição muito mais sutil e delicada do que a simples oposição ao poder governamental. Os anarquistas se opõem à ideia de que o poder e a dominação são necessarios para a sociedade, e por isso defendem formas mais cooperativas e anti-hierárquicas de organização economica, politica e social." [The Politics of Individualism, p. 106]
Portanto, "anarquismo" e "anarquia" são sem dúvida as ideias mais deturpadas na teoria política. Geralmente, as palavras usadas para significar "caos" ou "desordem", e portanto, por implicação, anarquistas desejam o caos social e o retorno "à idade da pedra".
Este processo de falsificacao tem paralelos na historia. Por exemplo, em paises em o governo é exercido necessáriamente por uma pessoa (monarquia), as palavras "república" ou "democracia" são usadas precisamente como "anarquia", significando desordem e confusão. Aqueles que se interessam em manter o status quo obviamente se dedicam a afirmar que a oposição ao corrente sistema não poderia funcionar na prática, e que uma nova forma de sociedade resultaria no caos. Ou, como Errico Malatesta expressou:
"enquanto pensarem que o governo é necessario e que sem governo tudo seria desordem e confusao, é natural e lógico que anarquia, que significa ausencia de governo, soe como ausencia de ordem." [Anarchy, p. 12].
Anarquistas querem mudar essa ideia do "senso comum" de "anarquia", para que as pessoas vejam que o governo e outros relacionamentos sociais hierarquicos são tão nocivos quanto desnecessarios:
"Mude as opiniões, convença o público de que o governo não é apenas desnecessario, mas extremamente nocivo, e então a palavra anarquia, justamente porque significa ausencia de governo, significará para todos: ordem natural, conjunto das necessidades humanas e o interesse de todos, completa liberdade com completa solidariedade." [Ibid., pp. 12-13].


Trecho "O QUE É ANARQUISMO" extraido do site do Coletivo Projeto Periferia